terça-feira, 22 de maio de 2012

Teorias do Texto - Analise da Conversação


Analise da Conversação


Contexto: Sala de aula, com crianças de 3 a 4 anos, conversa estimulada por uma professora através de perguntas.

Tema central: como foi o final de semana do aluno.

Abertura: Como foi seu final de semana? CA  para DE.

Parte central: relato de ter ido á praia e ao centro comercial.

Fechamento: contentamento com a pergunta inicial.


É uma conversação como sendo uma interação verbal centrada, que se desenvolve durante o tempo em que dois ou mais interlocutores voltam sua atenção visual e cognitiva para uma tarefa comum.


São Paulo – 2012

(Contexto: Professora pergunta aos alunos como foi o final de semana deles, dois respondem e falam suas histórias)

CA. Como foi seu final de semana?

DE. é:: eu/ eu comi pastel com pão de queijo

CA. Hãn pastel com pão de queijo!? Aonde!?

DE. éhé lá na paraia

CA. NA PRAIA! Cê foi pra praia? Quem foi pra praia com você?

DE. hun..hun eu encon...trei u:: Mateus lá na praia

CA. Dim encontrou o Mateus?

MA. Eu fui na praia

CA. Foi?

GA. Deu fui sabe onde que eu fui? ....agora é minha vez

CA. Pode falar

GA. Eu/eu fui na praia... ai: eu fui nada:  e eu fui na minha ()ai:: ... eu::: eu:: fui no shopi compá o têni du ben 10 ai::: eu .. ai ..com..prei hum hum bata/ bata hum batata que era do toy ai::  MA.[[ Você encontrou o Diego?]] eu fui na praia e eu encontrei uma baleia com o Diego com Mateus ... e: com Andé ai:: ... eu/eu EM.[[é sim Isabela, é SIM, é SIM]] o Pepe tava na praia também MA.[[Saiu um monte de polvo né?]] esse Pepe era bonzinho... e ele foi anda de tem comigo...i::: .. Ai: eu fui na/na na minha cama ai:: eu fui lá na minha casa nana

CA. AÉ? Que legal 


Bibliografia

Análise da Conversação –  Luiz A. Marcuschi


Dica sobre contos de Jorge Luis Borges -."O livro de areia"‏


Para ler Jorge Luis Borges é necessário entregar-se aos seus
labirintos, pisar nos seus largos pátios, deixar-se
confundir pelo jogo de espelhos sem pressa, sem
ansiedade. É um autor para ser sempre relido.
Quando li pela primeira vez, fiquei assombrado
com sua maneira única de escrever, sua
imaginação inesgotável e com as inúmeras
referências eruditas. Ler Borges acaba sendo, pelo
menos para mim - e creio para a maioria de seus
leitores -, um exercício de HUMILDADE também.
Você que está lendo isto e já teve dificuldade
com Borges, desejo que dê mais chances. Escolha
um conto curto e leia-o e releia-o 3, 4 vezes. Os
labirintos e pátios guardam uma beleza misteriosa
que, aos poucos, se revelará a você.

A Folha de São Paulo está publicando uma otima coleção sobre literatura que inclui essa e outras maravilhosas obras.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fichamento- Linguagem em uso


Linguagem em uso
José Luiz Fiorin
Temos um conhecimento inato sobre o sistema da língua. Entretanto não é suficiente para entender certos fatos linguísticos utilizados na situação concreta da fala, existem situações que necessitam de um entendimento maior, do ponto de vista dos valores semântico das palavras.
No sistema linguístico, temos oposições fônicas e semânticas e regras combinatórias dos elementos lingüísticos. No entanto, nem as oposições semânticas, nem as regras de combinação conseguem explicar alguns fatos de situações da fala. Observando-se esses fatos, verificou-se que era preciso estudar o uso da linguagem. Esse é o objeto da Pragmática. Assim, a Pragmatica é a ciência do uso lingüístico, estuda as condições que governam a utilização da linguagem, a prática lingüística... A pragmática não confere à língua uma posição central nos estudos linguisticos, não a vê isolada da utilização da linguagem.” (p.166)
Nos estudos da pragmática o filosofo John Austin de que linguagem não tem uma função descritiva mas uma função de agir, ao falar o homem realiza atos e já Paul Grice mostra que a linguagem natural comunica mais do que aquilo que se significa num enunciado, pois, quando se fala, comunica-se também conteúdos implícitos.
A pragmática estuda a relação entre a estrutura da linguagem e seu uso. Pois na escrita comunicamos é possível comunicar-se muito mais do que as palavras significam.
Segundo Moeschler, existem três tipos de fatos linguísticos que exigem a introdução de uma dimensão pragmática nos estudos lingüísticos:
·        Enunciação: A enunciação é o ato de produzir enunciados, que são realizações linguisticas concretas, há certos fatos linguisticos, que só são entendidos em função do ato de enunciar, assim são:
- Os dêiticos (para entende-los é preciso conhecer a situação de uso);
-Enunciados performativos (são os que realizam a ação que eles nomeiam);
-Uso de conectores (muitas vezes conectam os atos enunciativos ou explica-os) ;
-Certas negações (a negação não incide sobre a proposição negada, mas sobre sua possibilidade de afirmação);
-Advérbios de enunciação (os advérbios não modificam o verbo, mas qualificam o próprio ato de dizer);
·        Inferência: Certos enunciados têm a propriedade de implicar outros, implicações que derivam do próprio enunciado e, portanto, não exigem, para que elas sejam feitas, informações retiradas do contexto, da situação de comunicação.
·        Instrução: A Pragmática concebe que as chamadas palavras do discurso, cuja função varia de acordo com o contexto linguístico em que se acham colocadas, significam porque há uma instrução sobre a maneira de interpretá-las.
A Pragmática deve mostrar como fazem se inferências necessárias para chegar ao sentido dos enunciados.
Há duas distinções fundamentais em Pragmática:

Frase é um fato linguístico caracterizado por uma estrutura sintática e uma significação calculada com base na significação das palavras que a compõe, enquanto enunciado é uma frase a que se acrescem as informações retiradas da situação em que é enunciada, em que é produzida. A mesma frase pode estar vinculada a diferentes enunciados.
A significação é o produto das indicações linguísticas dos elementos componentes da frase. O sentido no entanto, é a significação da frase acrescida da indicações contextuais e situacionais.
Existem duas correntes na Pragmática, uma pensa que a Pragmática, por estudar fatos de fala, está radicalmente separada da semântica, outra integra a Pragmática e a semântica, cada uma estudando aspectos diferentes do sentido.
A Pragmática tem início quando Austin começa a desenvolver sua teoria dos atos de fala.
Austin vai mostrar que a Linguística se deixava levar por uma ilusão descritiva, pois é preciso distinguir dois tipos de afrimações; as que são descrições de estados de coisa, a que ele vai chamar constativas e as que não são descrições de estados de coisa.São essas que lhe interessam. Toma, então, certos enunciados na forma afirmativa, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa com as seguintes características a) não descrevem nada e, por conseguinte, não são nem verdadeiros nem falsos;b) correspondem,quando são realizadas, à execução de uma ação. A essas afirmações vai chamar performativas.” (p.170)
Os performativos devem ser enunciados em circunstancias adequadas, para esse sucesso do performativo existem algumas condições que Austin traz:
·         A enunciação de certas palavras em determinadas circunstâncias têm, por convenção, um determinado efeito;
·         A enunciação deve ser corretamente pelos participantes. O uso da fórmula incorreta torna nulo o performativo;
·         A enunciação deve ser realizada integralmente pelos participantes;
Os performativos indicados por verbos só existem na primeira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa na forma afirmativa. Nas outras pessoas nos outros tempos, nos outros modos, não haveria performativos, mas sim constativos. Existem performativos sem que apareçam no enunciado palavras relacionadas ao ato a ser executado e, ao mesmo tempo, podem estar presentes no enunciado palavras correspondentes.
Um enunciado será performativo quando puder transformar-se em outro enunciado que tenha um verbo performativo na primeira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa que são performativos explícitos. Os performativos que não estão nessa forma são chamados de implícitos.
Para eliminar a ambiguidade dos performativos, temos que levar em conta a situação de enunciação, o modo verbal a entonação etc.
Quando se diz algo se realizam-se três atos: O ato locucionário (ou locucional); o ato ilocucionário( ou ilocucional) e o perlocucionário ( ou perlocucional). O ato locucionário é o que se realiza enunciando uma frase, é o ato lingustico de dizer. O ilocucionário é o que se realiza na linguagem. O perlocucionário é o que se realiza pela linguagem. Há mais um ato o perlocucional que é um efeito eventual dos atos locucional e ilocucional.
Estar marcado na linguagem significa que o ato ilocucionário pode ser explicitado pela fórmula perfomativa correspondente. A existência de marcadores ilocucionais e proposicionais permite explicar fenômenos lingüísticos.
Muitos os atos ilocutórios são expressos indiretamente. São os chamados atos de fala indiretos, os falantes uitilzam os fatos indiretos para minimizar a força de ordem. Os atos da fala indireto produziu toda uma corrente de estudo dos atos de fala denominados interacionista. Para a teoria clássica, os fatos de fala são universais e pensa atos de linguagem de maneira isolada; enquanto para a teoria interacionista, variam de cultura para cultura e os vê como um encadeamento de atos.
Dizer é fazer, isso significa que os atos de linguagem têm um efeito muito grande nas relações interpessoais, o que abriu um novo campo para a Linguistica, o estudo da polidez lingüística.
A polidez lingüística tem por feito diminuir is feitos negativos dos atos ameaçadores da face, adoçá-los. É para isso que recorremos aos atos de fala indiretos, alem dos que minimizam existe a polidez que valoriza os atos da fala. O excesso, a falta, os limites entre o que percebido como valorizador ou ameaçador, tudo isso é cultural.
Muitos estudiosos da Pragmática, ela é governada por um principio de cooperação, que exige que casa enunciado tenha um objetivo ou uma finalidade.
A contribuição de Grice são a noção de implicatura e o estabelecimento do principio geral da comunicação, o da cooperação. Grice distingue dois tipos de implicaturas: as desencadeadas por uma expressão lingusitica, as implicaturas convencionais, e as provocadas por princípios gerais ligados à comunicação, as implicaturas conversacionais. A distinção entre implicaturas convencionais e conversacionais parece bastante clara: aquela é provocada por uma expressão lingüística e esta é suscitada pelo contexto. Existe também a distinção entre implicaturas conversacionais generalizadas e implicaturas conversacionais particulares,uma desencadeada também por elementos linguisticos e outra apenas pelo contexto.
“ A implicatura convencional é provocada apenas por um elemento linguistico, ela não precisa de elementos contextuais para ser feita, enquanto a implicatura conversacional, seja ela generalizada ou particular, apela sempre para as noções de princípio de cooperação e máximas conversacionais... Para Grice, o princípio da cooperação é o princípio geral que rege a comunicação. Por ele, o falante leva em conta sempre, em suas intervenções, o desenrolar da conversa e a direção  que ela toma. Grice formula da seguinte maneira esse princípio: Que sua contribuição à conversação seja, no momento em que ocorre, tal como queira o objetivo ou a direção aceita da torça verbal em que você está engajado. Esse princípio é explicitado por quatro categorias gerais- quantidade das informações dadas, a de sua verdade, a de sua pertinência e a da maneira como são formuladas – que constituem as máximas conversacionais” (p.177)”

As máximas conversacionias não são um corpo de princípios a ser seguido na comunicação, mas uma teoria da interpretação dos enunciados. O texto traz as explicações sobre as máximas, suas explorações e suas violações.
Todas essas máximas procuram mostrar como o falante, na troca verbal, resolve o problema do que deve dizer e do que não deve dizer, conforme a situação de enunciação.
Os conteúdos transmitidos pelos atos de fala podem ser explícitos e implícitos. Estes são as inferências e dividem-se em pressupostos e subentendidos.
Os pressupostos são tidos como verdades criadas pelo enunciador. Estes pressupostos possuem alguns principais marcadores linguísticos como:
- Os adjetivos ou palavras similares;
- Verbos que indicam permanência ou mudança de estado;
- Verbos que revelam um ponto de vista a respeito do que é expresso por seu complemento;
- Certos advérbios;
- As orações adjetivas;
- Certas conjunções;

Os subtendidos são informações veiculadas por um dado enunciado, cuja atualização depende da situação de comunicação.
A diferença entre pressuposto e um subentendido é que o pressuposto pode ser contestado, mas é formulado para não ser, já o subentendido é construído, para o falante, caso seja interpelado, possa, apegando-se ao sentido literal das palavras. Existem dois tipos de subentendidos a insinuação e alusão.
O texto trás no geral alguns assuntos tratados pela pragmática: Os atos de fala, as máximas que regem a conversação, os conteúdos implícitos veiculados pelos atos de fala, entretanto a pragmática tem vários outros assuntos a serem tratados.


Fichamento- Linguagem, Língua, Linguistica



Linguagem, Língua, Linguistica
José Luiz Fiorin

A linguagem faz parte do universo e depende de toda uma visão de mundo, realidade social, histórico e cultural de quem está envolvido nela.
Para a linguagem chegar no conceito e perspectiva de hoje ela passou por um processo histórico onde se transformou através de povos, locais, autores revolucionários, religiões e diversos fatores,  onde aos poucos ela foi se transformando e ganhando lugar, no inicio do século XX, com a investigação sobre a linguagem, feita pelo Ferdinand de Sassure, professor da Universidade de Genebra a lingüística passa a ser reconhecida como estudo cientifico, estudos estes que estão centrados na observação dos fatos de linguagem.
Em seguida a história do estudo da linguagem, o texto aprofunda-se no que seria a própria linguagem. As línguas naturais, notadamente diversas são, manifestações de algo mais geral, a linguagem. Os autores que pressupõem uma teoria geral da linguagem e da análise linguística são Sassure e Chomsky.
Algumas postulações de Sassure são:
·        A linguagem é “heteróclita e multifacetada”, pois abrange vários domínios;
·        A linguagem envolve uma complexidade e uma diversidade de problemas que suscitam a análise de outras ciências;
·        Separa uma parte do todo linguagem, a língua- um objeto unificado e suscetível de classificação. A língua é uma parte essencial da linguagem;
·        A língua é “um sistema de signos”- um conjunto de unidades que se relacionam organizadamente dentro do todo. É a “parte social da linguagem”, exterior ao individuo; não pode ser modificada pelo falante e obedece às leis do contrato social estabelecido pelos membros da comunidade;
·        A fala é um ato individual; resulta combinações feitas pelo sujeito falante utilizando o código da língua;
·        A distinção linguagem/língua/fala situa o objeto da lingüística;
·        Foco de seu trabalho a linguística da língua, “produto social depositado no cérebro de cada um”, sistema supra individual que a sociedade impõe ao falante;
·        Separa a teoria da fala;
·        Teoria da analise linguística denominada – estruturalismo;
No século XX Noam Chomsky trouxe para os estudos linguísticos uma nova perspectiva, onde as transformações, podemos destacar alguns conceitos:
·         A linguagem como um conjunto (finito ou infinito) de sentença;
·         A linguagem é uma capacidade inata específica da espécie, isto é, transmitida geneticamente e própria da espécie humana;
·         Construir uma teoria geral da linguagem, conhecida como gerativismo;
·         Distingui competência de desempenho. Competência linguística é a porção do conhecimento do sistema linguístico do falante que lhe permite produzir o conjunto de sentença de sua língua, é o conjunto de regras que o falante construiu em sua mente pela aplicação de sua capacidade inata para aquisição da linguagem. O desempenho corresponde ao comportamento linguístico, que resulta não somente da competência linguística do falante, mas também de fatores não linguísticos de ordem variada, pressupostos sobre as atitudes do interlecutor. O desempenho pressupõe a competência ao passo que a competência não pressupõe desempenho;
Em seguida temos o questionamento sobre a existência de uma linguagem animal.  Considerando que a articulação da linguagem em significados menores é a propriedade fundamental, na linguagem humana, pois permite produzir uma infinidade de mensagens novas a partir de um número limitado de elementos sonoros distintivos. Em síntese, a comunicação das abelhas que o texto colocou em questão não é uma linguagem, é um código de sinais, como se pode observar pelas suas características.
As linguagens podem ser muitas como: música, dança, artes e muitas outras, é então que é necessário especificar que a Linguística estuda somente a linguagem verbal humana, apesar da importância que todas a linguagens verbais e não verbais compartilham uma característica importante- são sistemas de signos usados para a comunicação.
 A Linguística faz parte da ciência semiótica, pois estuda a principal modalidade dos sistemas sígnicos, as línguas naturais que são a forma de comunicação mais altamente desenvolvida e de maior uso. As línguas naturais situam-se numa posição de destaque entre os sitemas sígnicos porque possuem, entre outras as propriedades de flexibilidade e adaptabilidade.
O linguista procura descobrir como a linguagem funciona por meio do estudo de línguas específicas, considerando a língua um objeto de estudo que dever ser examinado empiricamente, dentro de seus próprios termos. A metodologia da análise linguística focaliza, principalmente, a fala das comunidades e, em segunda instância, a escrita.
A propriedade atribuída pelo linguista ao estudo da língua falada explica-se pela necessidade de corrigir os procedimentos de analise da gramática tradicional.
Existem dois campos de estudos: A lingüística geral e a descritiva. A geral oferece os conceitos e modelos que fundamentarão a análise das línguas, a descritiva fornece os dados que confirmam ou refutam as teorias formadas pela linguística geral.
Os estudos das transformações linguísticas na história são chamadas de diacrônicas. Sassure, trouxe um novo ponto de vista o sincrônico, mas também reconhece a importância da complementaridade das suas abordagens. Em sincronia os fatos linguísticos são observados quanto ao seu funcionamento, num determinado momento. Em diacronia os fatos são analisados quanto às suas transformações, pelas relações que estabelecem com os fatos precederem ou sucederem. A descrição sincrônica analisa as relações existentes entre os fatos linguísticos nun estado de língua, os estudos diacrônicos  são feitos com base na análise de sucessivos estados de língua. O estudo sincrônico sempre precede o diacrônico. Muitos linguistas tomam a separação sincrônica/diacrônica com rigoroso principio metodológico.
A linguisticas vem crescendo e definindo-se com o tempo, ampliando o seu espaço criando-se varias áreas interdisciplinares.
A gramática tradicional assumiu desde sua origem um ponto de vista prescritivo, normativo em relação à língua e isso é ate hoje em alguns lugares, pois ela fornece argumentos para se acreditar que existe uma única maneira correta de se usar a língua.
A conjunção do descritivo e do normativo efetuada pela gramática tradicional opera uma redução do objeto de análise que, de intrinsecamente heterogêneo, assume uma só forma: a do uso considerado correto da língua.
Abordar a língua exclusivamente sob uma perspectiva normativa contribui para gerar uma série de falsos conceitos e até preconceitos, que vêm sendo desmistificados pela linguística.
Todas as línguas até hoje estudadas constituem em um sistema de comunicação estruturado, complexo e altamente desenvolvidos.
A abordagem descritiva assumida pela linguística entende que as variedades não padrão do português. O termo gramatical usado com um valor descritivo: a gramática de uma língua ou de um dialeto é a descrição das regularidades que sustentam a sua estrutura.
Com o objetivo de descrever a língua, a Linguística desenvolveu uma metodologia que visa analisar as frases efetivamente realizadas reunidas em um corpus representativos(conjunto de dados organizados com uma finalidade de investigação).
Com essa postura teórico-metodológica diante da língua decorre o caráter cientifico da lingüística que se fundamenta em dois princípios: o empirismo e a objetividade. A lingüística é empírica porque trabalha com dados verificáveis por meio da observação; é objetiva porque examina a língua de forma independente, livre de preconceitos sociais ou culturais associados a uma visão leiga da linguagem.
A gramática é gerativa, porque de um numero limitado de regras permite gerar um número infinito de sentenças. Reflete o comportamento do locutor que, a partir de uma experiência finita e acidental da língua, pode produzir e compreender um número infinito de frases novas.
Outra gramática proposta de explicação do fato linguistico é apresentada pela gramática funcional, fundamentada nos princípios do funcionalismo que leva em consideração o uso das expressões linguisticas na interação verbal, inclui na análise da estrutura gramatical toda situação comunicativa: o propósito do evento de fala, os participantes e contexto discursivo.
O funcionalismo concorda que acima de tudo a língua é instrumento de interação social usado para estabelecer relações comunicativas entre os usuários.
O fenômeno da linguagem, que não se esgota no estudo das características internas à língua, em termos de propriedades formais do sistema linguísticos, mas se abre para outras abordagens que considerem o contexto, a sociedade, a história.

           

Linguística Geral - Seminário


Ensinar as variedades da língua destacando a norma padrão.

Sequência Didática
Turma: 7ª Série

Ø      Selecionar uma música para iniciar a discussão sobre as variedades da língua, partindo do interesse dos alunos, vamos levantar questões para perceber a perspectiva dos alunos e quais são seus conhecimentos prévios em relação a norma culta;  ( É muito importante estar atento a realidade dos alunos e perceber o que pode chamar atenção deles, construindo assim um aprendizado mas eficaz)

Ø      Elaborar exercícios que façam os alunos entender a importância de dominar as variedades da língua – Quadrinhos

Ø      Para fazer o aluno entender bem o motivo de aprender a norma culta levar o trecho de livro didático Por Uma Vida Melhor :

Brasília - O livro Por uma Vida Melhor foi distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para turmas de educação de jovens e adultos (EJA) em todo o Brasil. A publicação causou polêmica ao incluir frases com erro de concordância em uma lição que apresentava a diferença da norma culta e a falada.
Confira abaixo trechos do livro sobre o assunto:
 “É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”
 “'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”
 “Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como:
Nós pega o peixe.
nós - 1ª pessoa, plural
pega - 3ª pessoa, singular
Os menino pega o peixe.
menino - 3ª pessoa, ideia de plural (por causa do “os”)
pega - 3ª pessoa, singular
Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o peixe. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala.”
 “É comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros. Esse preconceito não é de razão linguística, mas social. Por isso, um falante deve dominar as diversas variantes porque cada uma tem seu lugar na comunicação cotidiana.”
 “A norma culta existe tanto na linguagem escrita como na linguagem oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta. Algo semelhante ocorre quando falamos: conversar com uma autoridade exige uma fala formal, enquanto é natural conversarmos com as pessoas de nossa família de maneira espontânea, informal.”
 (eles precisam aprender a norma culta para ocasiões específicas e importantes na vida)

Ø      Após toda contextualização das variedades da língua é preciso ensinar as regras dessa língua de uma forma lúdica e significativa sempre considerando o interesse do aluno para assim obtermos uma aprendizagem mais eficaz, mostrando ao aluno a importância de estarem aprendendo todas essas regras. 


Para uma aula diversificada vamos explorar as cantigas que a grande maioria dos alunos conhecem, mostrando que a norma culta não é a mais adequada em determinadas situações.

CANTIGAS DE RODA NA NORMA CULTA  CAI-CAI BALÃOVersão original:  "Cai-cai balão, Cai-cai balão  Aqui na minha mão.  Não vou lá, não vou lá, não vou lá  Tenho medo de apanhar!"Versão na norma culta:  "Precipita-precipita aeróstato mais leve que o ar, Precipita aqui na palma de meus artelhos superiores.  Não vou me deslocar até lá, não vou me deslocar até lá...  Tenho medo de ser atingido por objetos contundentes."ATIREI O PAU NO GATOVersão original:  Atirei o pau no gato-to,  Mas o gato-to não morreu-rreu-rreu.  Dona Chica-ca admirou-se-se  Com o berro, com o berro que o gato deu: MIAUUUUUU!!!!!Versão na norma culta:  "Arremessei o projétil ao felino-no,  Porém o felino-no não veio a falecer-cer-cer  Progenitora Francisca-ca ficou estupefata-ta  Com o som emitido pelo animal... Onomatopéia referente aos felinos!!!!"O SAPO NÃO LAVA O PÉVersão original:  O sapo não lava o pé,  não lava porque não quer.  Ele mora lá na lagoa,  e não lava o pé porque não quer Mas que chulé!Versão na norma culta:  "O dendrobata não pratica higiene pedicular,  não pratica higiene pedicular pois não é de seu feitio.  Ele reside em ambiente lacustre,  não pratica higiene pedicular porque não é de seu feitio!  Que mau odor proveniente dos seus artelhos inferiores!" 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Gêneros e Língua

Trabalhar com gêneros é conhecer o social o mundo, os gênero textual ou discursivo, são complexos, de grande variedade e estão sempre em movimento, mas possuem um relativa estabilidade.

Segundo Bakhtin  os gêneros possuem tema, organização composicional e estilo." Cada esfera da atividade humana elabora, em sua comunicação, tipos estáveis e diversificados de enunciados: os gêneros discursivos"

Bronckart diz que todo texto pertence sempre a um gênero apresentando propriedade genéricas resultantes da escolha de um gênero textual que parece adaptar-se a situação, mas tem especifidades sempre únicas que derivam  das escolhas dos produtos em função de situação de produção particular.

Os gêneros se caracterizam: (Dolz e Schneuwly)
- Pelos conteúdos  que são (ou tornam dizíveis)
- Pela estrutura comunicativa
- Por um conjunto de unidades de linguagem, pelos conjuntos particulares de sequências textuais e pelos tipos discursivos que formam a estrutura textual

Com base nesses autores e nas aulas apresentada durante o primeiro semestre apresentamos aqui algumas formas diferentes formas de usar gêneros para falar sobre a linguagem:

Gênero: Quadrinhos- reconhecemos por seu formato, o modo que aparecem suas ilustrações e falas( dentro de balões ). Este quadrinho aborda assuntos como:
-Uma preocupação com as regras da língua de acordo com a norma padrão
-Diferença de fala nas diferentes idades
- Gírias usadas na internet atualmente
-Vícios de linguagem (gerundismo)




Gênero: Show - reconhecido por sua estrutura ter geralmente um palco,luzes,cortinas, cenário, platéia, apresentador. Este vídeo traz um vício de linguagem muito comum entre os falantes o pleonasmo. Essas redundâncias ao falar podem ser proposicionais ou não, na grande maioria são repetições desnecessárias.  




Gênero: Receita- reconhecida pela forma em que está divida ingredientes, modo de preparo, tempo necessário. Nesse exemplo o gênero receita é trabalhado de outra forma a explicação de como ser um bom aluno se apropria do gênero receita.


Como fazer um bom aluno

Ingredientes:
10g de pontualidade;
50g de responsabilidade;
100g de empenho;
500g de estudo:
150g de inteligência;
300g de interesse;

tempo de preparação: longos anos.
Grau de dificuldade: é fácil, mas é preciso ter força de vontade para ser um bom aluno.

Modo de fazer:
Junte 10g de pontualidade com 50g de responsabilidade e 100g de empenho; misture tudo até ter isto tudo bem incorporado.
Numa forma diferente, adicione, as 150g de inteligência com 300g de interesse.
Junte tudo e vai ao forno.
Depois de estar tudo pronto acrescente as 500g de estudo quando precisar.
E assim fica pronto o bom aluno. 

Gênero: Notícia- a Notícia é reconhecia principalmente por seu enunciado.

Língua: código, expressão ou interação?
Se o dilema "espelhamento ou construção" na relação entre linguagem e realidade social estimulou debates por décadas, o que dizer da relação entre a visão de mundo do professor e o ensino?

Por Gabriela de Paiva Gomes Albuquerque, Tiago Lessas José de Almeida e Iran Ferreira de Melo

Muito já se tem dito sobre o fato de que toda prática pedagógica está sempre baseada em algum posicionamento político-ideológico. O ensino de língua portuguesa não foge à regra, tendo, nesse caso, a raiz de tal posicionamento construída a partir da concepção de língua que o/a professor/a vai adotar. Você já parou para pensar nisso?
A edificação das principais teorias que conhecemos hoje sobre a língua se deve a uma série de esforços teóricos que surgiram no rastro de vários estudos desenvolvidos durante o século XX. Podemos resumir tais estudos em três macro concepções que orientam a linguística contemporânea e, consequentemente, o ensino de língua. Vamos conhecê-las.
Por ordem cronológica, as seguintes concepções vêm se apresentando como hegemônicas nas diversas investigações científicas com a linguagem.

1. Língua como expressão do pensamento 
Nessa concepção, a língua é produzida mentalmente de maneira individual, intrínseca e sob a organização lógica do raciocínio. As atividades de linguagem se realizam nessa perspectiva independentemente das circunstâncias situacionais, sócio-históricas, culturais e políticas em que ocorrem.

2. Língua como um instrumento de comunicação 
Opondo-se à primeira concepção, esta segunda visão sobre a língua a entende como um conjunto de códigos autônomos e externos ao indivíduo, motivados socialmente, que serve essencialmente para a troca de informações (comunicação). Entretanto, seu funcionamento também independe do contexto de realização.

3. Língua como interação social
Já esta terceira concepção compreende a língua como uma atividade social não somente usada para comunicar, mas também para realizar ações através da interação social e cognitiva entre os falantes. Esta visão leva em conta as situações de interlocução nas quais a língua se realiza e a influência de fatores de diversas ordens no curso dessas situações.

Mas de que maneira podemos perceber a intervenção dessas três concepções no ensino de língua portuguesa? Até que ponto o modo como o/a educador/a concebe a linguagem influenciará na forma de educar?


Visão de mundo e educação 
Vejamos. Em um de seus memoráveis livros, O texto na sala de aula, o professor da Unicamp João Wanderley Geraldi apresenta a diferença entre ensinar uma língua e ensinar metalinguagem. Nele, o mestre Geraldi defende que a postura do docente dentro da sala de aula evidencia seu posicionamento político e isso interfere também significativamente nos métodos e conteúdos que escolhe. Em outras palavras, como expomos, isso se refere à ideia de que toda prática pedagógica se articula através de uma opção política. Para ele, a forma de enxergar a sociedade influencia diretamente na maneira de ensinar e tudo que a envolve. Há, por exemplo, uma estreita relação entre o baixo nível do desempenho linguístico por estudantes e o conceito de língua difundido na escola. Eis aí a nossa principal questão! Muito do aprendizado de nossos alunos com a linguagem depende da forma como abordamos o uso e a reflexão da língua em sala de aula.

Em linhas gerais, podemos dizer que o efeito do ensino de língua portuguesa variará a depender da maneira que o/a professor/a conduzir político-ideologicamente a sua prática pedagógica, isto é, a depender da escolha de estratégias que vão desde a seleção de conteúdos até o modo de avaliação. E isso tudo, ainda que o/a docente não perceba, está ligado à concepção que ele/ela adotar. Conceber a língua como mecanismo da expressão do pensamento ou código para comunicação recairá no ensino reducionista ou, como chamamos, formalista, mas entender a língua como prática social será o primeiro passo para estudá-la de uma forma mais explanatória e compreendê-la como um processo intersubjetivo, contextualizado, funcional e, portanto, sob uma abordagem funcionalista.

FORMALISMO 
Vamos entender um pouco melhor esses dois paradigmas. No primeiro caso - paradigma formalista - a língua é concebida como um fenômeno suficiente em si, independente de qualquer fator externo a ela, já no segundo - paradigma funcionalista- a compreendemos como uma prática interconectada a várias outras da vida social, sem as quais não seria possível se manifestar. Ambos fundamentos agendam suas pesquisas distintamente, caracterizando seu objeto de estudo e instituindo seus objetivos de maneira oposta entre si.

Ao ensino formalista interessa descrever ou mapear a manifestação da linguagem em termos de compreensão dos aspectos imanentes aos textos, desconsiderando a intervenção dos elementos históricos, ideológicos e culturais na organização interna do sistema linguístico. Por exemplo, caso o/a educador/a pretenda discutir a produção de um artigo de opinião em sala de aula, levará em conta apenas a composição desse gênero de texto sob a perspectiva da frase na sua relação fonológica, morfológica e sintática, ou, no máximo, questões relativas ao sentido gerado no interior de uma proposição, a partir do efeito de uso da pontuação ou da manifestação da ambiguidade lexical. Esse estudo não consideraria, por exemplo, o suporte onde o artigo é veiculado (rádio, jornal, internet); a modalidade em que é produzido (oral ou escrita); a identidade do autor (crítico de arte, professor universitário, literato); ou o motivo da produção textual (se responde, complementa ou reforça um outro artigo). Em outros termos, não faria parte dos objetivos de uma aula formalista sobre a produção de artigos de opinião entender as condições de realização do texto, mas apenas a estrutura elementar interna dele (a forma). E no que isso acarretaria para a aprendizagem dos alunos, professor/a?
A maior de todas implicações é a ideia de que os sujeitos da linguagem ocupam o lugar apenas de reprodutor e decodificador de mensagens, os sentidos são pré-estabelecidos à realização verbal e o texto é entendido como um amontoado de sentenças, que possui coerência somente a partir de seus elementos internos, de dentro para fora, sem qualquer referência aos vários contextos em que está inserido (sociocultural e cognitivo, por exemplo).
FUNCIONALISMO
Por outro lado, o paradigma funcionalista baseia-se em dois pressupostos: o de que a linguagem tem funções externas a si e o de que essas funções influenciam a sua organização interna. No ensino funcionalista, a linguagem deve ser estudada a partir dessa interação com os seus elementos extrínsecos. Isso significa que o Funcionalismo tem por objetivo descrever a interface entre os aspectos exteriores que circundam a linguagem e o sistema interno desta, sendo, portanto, um modelo dialético e abrangente de estudos, pois investiga como a forma atua no significado e como as funções externas do sistema linguístico influenciam na forma.

Nesse caso, a identidade e o papel social dos usuários de uma língua são levados em conta ao se analisar um texto, pois, de acordo com o Funcionalismo, ambos interferem na maneira como os próprios usuários lidam com a linguagem. Isso é notório ao analisarmos os vários mecanismos de utilização da linguagem no nosso cotidiano. Um deles, por exemplo, é a marcação da polidez numa conversa. O uso de formas verbais que constroem o grau de polidez é regulado pela relação que os interlocutores mantêm entre si: um indivíduo, na interação com quem mantém relação hierárquica (filho em relação ao pai, aluno em relação ao professor), marca comumente sua fala com elementos que representam polidez (verbos no modo hipotético, ou subjuntivo "eu“ gostaria"” para não demonstrar autoridade; tratamentos honoríficos, como "senhor", "doutor", a fim de nãogerar intimidade; etc.). Esses e outros exemplos prosaicos revelam a interferência constante das condições externas da linguagem na seleção e organização formal dos textos.
Isso quer dizer que se constitui funcionalista qualquer teoria da linguagem que descreve um texto associando as categorias que o compõem internamente - elementos referenciais, lexicais, icônicos, etc. - a aspectos do entorno de sua produção e consumo - cognição social, cultura dos interlocutores, etc.
O que isso quer dizer? Em última instância, precisamos pensar quais os nossos objetivos enquanto educadores/as. Visamos a uma formação humanística, voltada para a formação de uma consciência crítica dos nossos alunos ou queremos apenas que memorizem o necessário para passar no vestibular? Já dizia o pai da linguística, Ferdinand de Saussure: “o ponto de vista muda o objeto”. Não podemos continuar reproduzindo fórmulas pedagógicas ultrapassadas, em que o ensino de Português restringe-se apenas ao ensino descontextualizado e abstrato de gramática, desligando a língua das situações reais de comunicação.

FORMALISMO E FUNCIONALISMO
O formalismo e o funcionalismo são dois paradigmas que orientaram os estudos linguísticos nas últimas décadas. Segue abaixo um quadro comparativo que sumariza pontos-chave das duas perspectivas e nos facilita a compreensão de como ambas as formas de conceber a linguagem marcaram as teorias linguísticas contemporâneas.


*Gabriela de Paiva Gomes Albuquerque e Tiago Lessas José de Almeida são alunos de Letras da UFPE. Iran Ferreira de Melo é professor do Departamento de Letras da UFPE e doutorando em Língua Portuguesa pela USP.



Percebe-se então que o gênero tem uma estrutura básica e são padrões de comportamentos já estabelecidos socialmente, praticas relativamente instáveis por suas mudanças através do tempo:
Carta -> E-mail
Diário -> Blog
Conversa ao telefone -> MSN
 Apesar dessa transmutação que ocorre, um gênero sempre acaba levando algumas características do antigo  gênero.