quarta-feira, 16 de maio de 2012

Linguística Geral - Seminário


Ensinar as variedades da língua destacando a norma padrão.

Sequência Didática
Turma: 7ª Série

Ø      Selecionar uma música para iniciar a discussão sobre as variedades da língua, partindo do interesse dos alunos, vamos levantar questões para perceber a perspectiva dos alunos e quais são seus conhecimentos prévios em relação a norma culta;  ( É muito importante estar atento a realidade dos alunos e perceber o que pode chamar atenção deles, construindo assim um aprendizado mas eficaz)

Ø      Elaborar exercícios que façam os alunos entender a importância de dominar as variedades da língua – Quadrinhos

Ø      Para fazer o aluno entender bem o motivo de aprender a norma culta levar o trecho de livro didático Por Uma Vida Melhor :

Brasília - O livro Por uma Vida Melhor foi distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para turmas de educação de jovens e adultos (EJA) em todo o Brasil. A publicação causou polêmica ao incluir frases com erro de concordância em uma lição que apresentava a diferença da norma culta e a falada.
Confira abaixo trechos do livro sobre o assunto:
 “É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”
 “'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”
 “Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como:
Nós pega o peixe.
nós - 1ª pessoa, plural
pega - 3ª pessoa, singular
Os menino pega o peixe.
menino - 3ª pessoa, ideia de plural (por causa do “os”)
pega - 3ª pessoa, singular
Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o peixe. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala.”
 “É comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros. Esse preconceito não é de razão linguística, mas social. Por isso, um falante deve dominar as diversas variantes porque cada uma tem seu lugar na comunicação cotidiana.”
 “A norma culta existe tanto na linguagem escrita como na linguagem oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta. Algo semelhante ocorre quando falamos: conversar com uma autoridade exige uma fala formal, enquanto é natural conversarmos com as pessoas de nossa família de maneira espontânea, informal.”
 (eles precisam aprender a norma culta para ocasiões específicas e importantes na vida)

Ø      Após toda contextualização das variedades da língua é preciso ensinar as regras dessa língua de uma forma lúdica e significativa sempre considerando o interesse do aluno para assim obtermos uma aprendizagem mais eficaz, mostrando ao aluno a importância de estarem aprendendo todas essas regras. 


Para uma aula diversificada vamos explorar as cantigas que a grande maioria dos alunos conhecem, mostrando que a norma culta não é a mais adequada em determinadas situações.

CANTIGAS DE RODA NA NORMA CULTA  CAI-CAI BALÃOVersão original:  "Cai-cai balão, Cai-cai balão  Aqui na minha mão.  Não vou lá, não vou lá, não vou lá  Tenho medo de apanhar!"Versão na norma culta:  "Precipita-precipita aeróstato mais leve que o ar, Precipita aqui na palma de meus artelhos superiores.  Não vou me deslocar até lá, não vou me deslocar até lá...  Tenho medo de ser atingido por objetos contundentes."ATIREI O PAU NO GATOVersão original:  Atirei o pau no gato-to,  Mas o gato-to não morreu-rreu-rreu.  Dona Chica-ca admirou-se-se  Com o berro, com o berro que o gato deu: MIAUUUUUU!!!!!Versão na norma culta:  "Arremessei o projétil ao felino-no,  Porém o felino-no não veio a falecer-cer-cer  Progenitora Francisca-ca ficou estupefata-ta  Com o som emitido pelo animal... Onomatopéia referente aos felinos!!!!"O SAPO NÃO LAVA O PÉVersão original:  O sapo não lava o pé,  não lava porque não quer.  Ele mora lá na lagoa,  e não lava o pé porque não quer Mas que chulé!Versão na norma culta:  "O dendrobata não pratica higiene pedicular,  não pratica higiene pedicular pois não é de seu feitio.  Ele reside em ambiente lacustre,  não pratica higiene pedicular porque não é de seu feitio!  Que mau odor proveniente dos seus artelhos inferiores!" 

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