quarta-feira, 28 de novembro de 2012


Atividades Práticas Supervisionadas
“Pragmática”

Prof: Hélcius Pereira - Semântica e Pragmática 



Anderson Germano RA: B46943-9
Natália Albuquerque RA: B45AAB-9


No estádio estavam jogando dois tradicionais times da capital, de repente acontece uma falta dentro da área e o juiz não apitou nada, quando o jovem rapaz levanta e exclama: ”Seu juiz ordinário você é um ladrão!”
A frase: ”Seu juiz ordinário você é um ladrão!”, não se encaixa no sentido semântico, pois o juiz não é de fato um ladrão (possuidor de coisas alheias) por isso a exclamação metafórica dos outros torcedores se encaixa na pragmática, porque não representa algo literal, e também vai contra duas máximas conversacionais:

ü     Não afirme o que é falso (a máxima conversacional de relação)

E a máxima conversacional: 

ü     Diga o que é relevante.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vídeo

Produzido por Anderson Germano e Natália Albuquerque

Artista de Rua Scott fazendo uma arte para Professora Joana Ormundo, Rá!





http://www.youtube.com/watch?v=Hc_hb-dB3dI&feature=youtu.be

Notícia


“São Paulo é o grande palco dos Artistas de Rua, e temos um Decreto.”

Produzida por Anderson Germano e Natália Albuquerque

Somos paulistanos privilegiados, temos a maior quantidade de artistas de rua do Brasil, em recente pesquisa no Diário de São Paulo a média de faixa estaria são de 21 a 36 anos, a maioria tem Ensino Fundamental e Médio, alguns cursos Superiores, sendo que 70% dessas pessoas ficam no Centro de SP, 88% são homens e são os músicos que dominam a maior parte dessa fatia.

E em 2011 o decreto municipal 52.504, de 19 de julho de 2011, garante aos artistas de rua o direito de se apresentar em parques, praças e ruas e onde mais haver necessidade, sem a autorização prévia, passar o chapéu para doações do público sem que a polícia os considere comerciantes ilegais.

E eles estão com um  site artistasnarua.com.br, entre lá e saiba mais.

Charge - Artistas de Rua
Produção: Anderson Germano e Natália Albuquerque


terça-feira, 20 de novembro de 2012


HQ Produzida por Anderson Germano e Natália Albuquerque 




Entrevista com o Artista de Rua de SP "Scott" no vão do MASP.
Produzida por Anderson Germano e Natália Albuquerque

Nome?

Scott

Fazer artesanato foi uma habilidade nata?
S-Aprendi na rua, a rua é uma escola, tem muita coisa que a gente aprende na rua,
passei a observar as pessoas que faziam.

É uma filosofia de vida?
S-Isso é um conhecimento que eu estou tendo na vida, no meu caminho novas coisas sempre surgem. O artesanato é bom que traz a oportunidade de trocas idéias com as pessoas, mostrar o seu trabalho e fazer através dele alguma coisa.

E aquele lei do Kassab que proibiam vocês de trabalhar na rua?
S-Eu participo da repressão do Kassab, que eu mais cansei foi de perder meus panos (Trabalhos), 4 painéis de "trampo" que eu perdi, isso de chama repressão, eu vou fazer o que com um cara com um 38 na mão?
A Erundina foi a melhor prefeita pra isso, ela librou pra gente construir o que é nosso.

Você é de qual cidade?
S-São Paulo

Idade?
S-A minha idade é saber que eu tenho muito tempo pra aprender.

Você mora onde Scott?
S-Na rua do Brasil, Brasil é meu quintal.

Tem irmãos?
S-Sou solitário.

Já foi ao teatro?
S-Fazia teatro na rua, mas nunca estudei.

Você estudou?
S-A gente tá sempre aprendendo, como eu vivo da arte, eu sempre tenho um conhecimento novo.

Você aprende mais na rua?
S-Aprende, eu conheço mais e aprendo.

Qual sua fonte de informação?
S-A minha principal fonte de informações são jornais, tenho até a carteirinha da biblioteca municipal, se você não tem conhecimento como você pode abordar  a vida das pessoas.



terça-feira, 13 de novembro de 2012


Resenha Crítica
Produzida por Anderson e Natália


Artistas de rua são pessoas que mostram sua arte para alegrar um pouco a vida das pessoas que passam por eles estressadas, e essas pessoas, às vezes doam 5 minutos para sair da loucura e prestar atenção em alguma coisa que o acalme ou que te faça sair de lá por um tempo, e o que tem demais nisso, certo? Errado, o Prefeito Kassab proibiu a doação de valores para qualquer artista de rua, alegando que eles estão obtendo lucro em um espaço público.
Quando começamos a pesquisar sobre isso, descobrimos que isso é mais um ato de puro elitismo e repreensão artística, os artistas de rua logo começaram a fazer passeatas e estão sendo tratados como camelôs da 25 de Março.
Nós achamos isso uma barbaridade conta o livre arbítrio, as doações não são obrigatórias, só dá quem quer, nenhum artista de rua exige pagamento de ninguém, até porque na nossa pesquisa descobrimos que o valor que eles ganham só dá pra fazer a manutenção da apresentação e com sorte comprar uma coca-cola de 2 litros, não entendemos porque nosso rejeitado Prefeito fez isso, não achamos ninguém que concordasse com as atitudes desse imbecil, a maioria dos Artistas de Rua tem outra ocupação, nós vemos um lado mais altruísta desses artistas do que se aproveitando da população.
Entrevista - Artista de Rua

Produzido pelo blog - Artistas de Rua BH


do Uruguai para o mundo

Victoria, 28 anos, filha do meio entre dois irmãos, um policial e o outro músico. Artista de Rua, mãe de dois filhos, um de cinco outro de três anos, casada com Patric, ambos uruguaios e que têm como trabalho a arte dos Malabares.
Encontrei Victoria em um sinal de trânsito no cruzamento da Av. Bias Fortes com a Rua Gonçalves Dias, em Belo Horizonte. Era mais ou menos 18h30min. Victoria, uma bela mulher, alta, rosto com traços finos e delicados, olhos pretos, cabelos curtos e encaracolados estava suada e com a aparência de cansada, mas com um belo sorriso e alegria. Fazia intervenções de arte com Malabarismo de pinos. Fala muito bem a língua portuguesa, porem às vezes se perde nos verbos e mistura gírias com espanhol e sotaque gaúcho, um verdadeiro mix.
Eduardo: Você escolheu a rua para trabalhar ou foi escolhida por ela?
Victoria: Nasci em 1981, na dita liberdade pós-ditadura, no Uruguai. Meus pais não sabiam o que fazer com a tal da liberdade e quando cresci simplesmente escolhi ser livre, trabalhar sem patrões fazer algo que me desse prazer.
Eduardo: Qual prazer você tem trabalhando na rua?
Victoria: A rua me proporciona ter a proximidade com o público. Gosto de quando me ponho à frente dos carros e faço minha apresentação, fico muito feliz quando reconhecem meu trabalho, me aplaudem ou colaboram com algum trocado. Gosto da liberdade da opção que fiz e de poder conhecer muitos lugares diferentes. (risos)
Eduardo: Então já viajou muito? Conhece outras cidades do Brasil? O que esta achando de Belo Horizonte?
Victoria: Sim, já viajei muito. Conheço outros países da America latina, como Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai; no Brasil, venho sempre. Fico um ano e volto para o Uruguai. Gosto de Belo Horizonte, porém, acho as pessoas fechadas, de caras amarradas, acho que o stress da cidade grande não permite que eles se divirtam com minhas apresentações, muitos me olham desconfiados, não estou pedindo esmolas, estou trabalhando.
Eduardo: Você sofre o preconceito por estar trabalhando na rua?
Victoria: Ah! Sim! (risos) Sempre tem aqueles que me vêem com uma garrafa de água na mão e logo dizem “olha lá o combustível dela”. (risos) Acham que é pinga, outros dizem “puxa você é muito bonita, podia estar trabalhando em algum lugar”. Eu penso, que lugar? Uma loja de shopping, um escritório... (risos). Este é meu trabalho, faço por que gosto, por que me dá prazer trabalhar na rua, outros, às vezes me dão um real e dizem “ei, não vai se drogar!” Puxa, se você tem quinhentos reais e paga para ver o show do Rolling Stones, ninguém pergunta ao Mic se ele vai cheirar cocaína com os seus quinhentos reais. Eu pagaria quinhentos reais para ver o show dele e não perguntaria se ele vai cheirar ou comer o dinheiro, porem não tenho...(risos) por que eu tenho que dar satisfação do que vou fazer com meu real? Eu ganhei este dinheiro, estou trabalhando por ele.
Eduardo: E a polícia, incomoda vocês?
Victoria: Às vezes confundem a gente com os nóias (fumadores de crack). Acham que somos marginais ou drogados, ai quando me vêem com meus filhos, pensam que somos moradores de rua, mendigos, sei lá, mas não chegam a nos incomodar. Mas em Blumenau nós fomos proibidos de trabalhar nas ruas , um jornalista “babaca” se vestiu de palhaço ficou uma hora no sinal trabalhando, ganhou alguns trocados e fez uma conta estúpida... Tipo, se trabalhar oito horas por dia, seis dias por semana ganho x vezes este valor... Aí, o ignorante fez a matéria “artista de rua” ganha mais que professor, e trabalhando nos sinais da cidade... É humanamente impossível trabalhar com malabares oito horas por dia, fazer malabarismo exige condicionamento físico e mental.
Eduardo: Até quando você vai ficar em Belo Horizonte?
Victoria: Fico mais três ou quatro dias, aí vou para Goiânia e depois para Mato Grosso, pretendo chegar na Bolívia em julho, vai ter um encontro de malabaristas na cidade de Santa Cruz de La Sierra. Aqui no Brasil e em outros lugares os encontros de malabaristas são focados no esporte e não na arte... Tipo, o cara faz com seis, com oito pinos de olhos vendados. Geralmente filhinhos de papai que buscam somente a consagração no esporte, uma medalha. Diferente de mim, que quero ser reconhecida pelo meu trabalho, quero sempre fazer o melhor, pois acredito que mesmo sendo artista de rua, marginalizada, como as pessoas nos julgam, estou sempre em busca da perfeição do meu trabalho, de fazer o melhor, por que acho que quando se faz o melhor, ganha-se mais, meu trabalho é reconhecido, acho massa quando me apresento no sinal, as pessoas me olham e dizem lá vem outro “nóia” (risos) pedir dinheiro, aí faço truques legais que chamam a atenção e ao mesmo tempo chocam as pessoas, e ouço “porra pensei mal sobre esta mulher...vou lhe dar um trocado”... (risos)
Eduardo: Nestes anos de rua você tem algo engraçado para contar?
Victoria: (risos) Pô, um dia um cara bem vestido em um carrão estranhou meu sotaque portenho e perguntou “de onde você é gata?”... (risos) Respondi que sou do Uruguai e disse de pronto “ah, sim! Fica no Paraguai perto da Paraíba, né?” Péssima cantada... (muitos risos)Pô, o cara nunca viu o mapa da America do Sul... E nem do Brasil. (risos) Mas a falta de informação e educação esta em todo lugar, no Brasil, no Uruguai, acho que talvez por isso algumas pessoas não conseguem enxergar meu trabalho como uma coisa séria, acham que é vadiagem. Eu entendo, porém, na Argentina e no Uruguai, o artista de rua tem mais respeito, é mais valorizado. Estou aqui tentando quebrar estes paradigmas, isso me motiva trabalhar nas ruas do Brasil, mas não suporto a grosseria, uma vez também, um cara perguntou “você faz festas?” e eu disse que sim, que me visto de palhaço com meu marido e fazemos alguns shows para crianças em festas, escolas, clubes... “Ah sim, e outro tipo de festa? Você faz também?”. Cara de pau, achando que por que sou bonita e estou na rua, sou prostituta. Agora já me vou, tenho que encontrar meus filhos, eu estou aqui desde as quatro horas, muito prazer, boa sorte com seu trabalho.

Vídeo - Artista de Rua








https://www.youtube.com/watch?v=gZsa3A-4xzw
Pesquisa + Links

Fizemos uma pesquisa e vamos colocar os links mais interessantes sobre esse assunto.


Artista de rua parodia propaganda política em projeto de arte







Blog Artista de Rua



Fotos - Artistas de Rua


Artistas de rua sobre o Prefeito Kassab


História em Quadrinhos

Produzida por Natália e Anderson


Notícia

Arte de rua: comércio do talento?


Nelson Antoine /AE
Manifestação na Av. Paulista dos artistas de rua contra a ação do prefeito Kassab. Fotografia: Nelson Antoine/AE
Artistas de rua sempre foram atração nas diversas cidades do mundo, e em São Paulo não poderia ser diferente. Palhaços, músicos, malabaristas e estátuas vivas sempre encantaram os olhos de quem passasse pela av. Paulista, eleita o símbolo da cidade. Este cenário, porém, vem mudando: em Dezembro de 2010 iniciou-se a chamada “Operação Delegada”, uma parceria entre a Prefeitura e a Polícia Militar que colocou 6 mil policiais em seus horários de folga para combater o comércio ilegal. Os artistas de rua passaram a ser classificados como parte desse comércio, sendo vistos como prestadores de serviço com fins lucrativos sem taxação do governo.
Para muitos, essa proibição é “ato nazista”: “a atividade deles é lícita. Expressão artística você pode fazer quando quiser. Eles serem proibidos é uma ilegalidade, um abuso patente”, diz o jurista Luiz Flávio Gomes para reportagem da UOL. Casos como o do guitarrista Rafael Pio, de 30 anos, que acabou preso e teve sua guitarra e amplificador apreendidos pela polícia, causam revoltas: “Aqui sempre foi um corredor de arte, agora é de repressão”, afirma o músico Marcio Aguiar para o Jornal da Tarde.
De fato, a proibição abriu pauta para uma grande discussão: afinal, a arte de rua é uma forma de comercialização do talento e deve ser tratada com a mesma severidade que o comércio ambulante ou ela representa, para a sociedade, algo mais? A blogueira Dani Rosa, em enquete feita pelo Jornal da Tarde, responde: “Sou artista de rua por opção. Optei por levar arte para quem não pode ir ao teatro. Na rua é muito democrático de verdade, porque arte na rua é para quem quer e quem pode parar pra assistir. O chapéu que se passa e no qual se coloca dinheiro não é caixinha, é tradição. Porque fazer uma arte para fazer pessoas que estão passando, pararem, é necessário muito estudo, prático e teórico. Esse dinheirinho arrecadado não é tarifado, é dado, doado por quem sente vontade de agradecer assim. Já teve CD no chapéu, bala e caneta. Cada um dá o que quer e o que pode. O artista dá sua arte.

Pesquisa

Artista de rua X Leis.

Desde o início de 2011, circula na Câmara dos Deputados (inclusive parado desde junho na Comissão de Educação e Cultura) o Projeto de Lei 1096/2011, de autoria do Deputado Vicente Cândido (PT/SP), conhecido com PL dos Artistas de Rua. Baseando-se no texto construído pelos artistas durante o Congresso Brasileiro de Teatro de 2011, o deputado busca regulamentar as manifestações culturais de artistas de rua, proibindo a repressão e garantindo que eles possam “passar o chapéu” e até cobrarem diretamente (dependendo do caso) pelo serviço.
Nada de mais, afinal a nossa constituição já garante esse direito:
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
Não entendo porque tantos legisladores, juízes e governantes usam tanto a desculpa: “Mas não tem nenhuma lei sobre isso”. A constituição brasileira não é sempre clara, até concordo com isso, mas na sua maioria é sim, e tudo que não tem um conjunto de leis que regulamente mais ainda eles rasgam a constituição como se nem existisse. É o caso dos artistas de rua. As palavras: GARANTIR, PLENO EXERCÍCIO, APOIO, INCENTIVO, VALORIZAÇÃO, DUFUSÃO E MANISFESTAÇÕE CULTURAIS; já dizem tudo! Ou seja, o papel da polícia é garantir que o artista possa mostrar seu trabalho, seja no sinal, na praça, na calçada… e não reprimir a manifestação.

O texto do Vicente também não é assim tão claro (está reproduzido no final deste post). No ano passado, quando este debate começou, ouvi algumas partes para uma matéria do Volta Cultural e cheguei até a enviar uma sugestão ao deputado para que desse um maior destaque aos artesãos (os nossos queridos hippies que produzem e vendem brincos, cordões, maricas…) no caput da lei. “Artes plásticas de qualquer natureza” somado ao “com ingresso pago, gratuito ou com remuneração espontânea…”, já seria o suficiente para caracterizá-los, mas muita gente olha para eles como camelôs ou até mesmo comerciantes.Li no Jornal aQui que, desde o dia 13 de março a prefeitura de Volta redonda está com uma ordem do prefeito Neto de reprimir esses artistas, no intuito de “detectar se há envolvimento dessas pessoas na área criminal e evitar a formação de uma ‘cracolândia’ no município” (SIC). Que artistas fumam unzinho de vez em quando para curtir uma inspiração eu já sabia, mas que o crack (que deixa a pessoa até demente) estimulava a criação artística, a ponto de artistas serem acusados de usar a droga, essa é nova pra mim!
Em muitas cidades esses artesãos sofrem até com a apreensão de seu material por não possuírem licença para vendê-la. Sugeria ainda ao deputado que sugerisse a criação de um programa tipo o MEI, do Simples, que facilitasse a regularização desses artesãos e dos artistas e geral, visando não apenas a legalidade (pois a legalidade já lhes é garantida pela constituição e não acho justo que eles paguem obrigatoriamente impostos por nos fornecerem cultura, muitas vezes sem remuneração), mas para que possam contribuir para aposentadoria. Porém, esse cadastro dele teria que ser nacional, válido em qualquer cidade que forem vender seus “trapos”, afinal, geralmente esse povo é nômade.
Por mais que a ideia do projeto de lei seja muito boa e Vicente seja do mesmo partido que eu, a dificuldade de pegar um depoimento dele para a matéria, a ausência de resposta do mesmo ao meu e-mail tão completo, interessado e fundamentado sobre o assunto (conversei diretamente apenas com a assessoria, que apenas me autorizou a reproduzir as falas dele que constam emseu blog) e a pura reprodução, sem muita complementação do texto dos artistas produzido no Congresso Brasileiro de Teatro, me levam a crer em pelo menos uma de três coisas: ou ele não entende nada do assunto e é um oportunista; ou é muito mal assessorado; ou é um deputado muito ocupado.
Enquanto o projeto – mesmo do jeito que está – não for aprovado, Volta Redonda deve continuar na contradição de manter uma “Escola Municipal de Teatro e Circo” e reprimir os alunos da mesma que tentam mostrar o que aprenderam nas ruas da cidade e troca da graninha da passagem e do lanche. Sempre achei legal a guarda não implicar com os hippies que ficam ali perto do Shopping Center vendendo seus trampos, mas soube que eles também levaram uma dura na semana passada.
Bom, na verdade o que me vez lembra disso foi a “oficina de criação de bonecos, acrobacias e malabares com bolinhas, argolas e paninho chinês”, que está acontecendo gratuitamente no SESC de Barra Mansa. Começou uma 10h e vai ter outra às 15h. Seria legal os apoiadores da causa aprenderem alguma coisa e todo mundo botar o bloco na rua, protestando contra essa atitude covarde e sem fundamento da Prefeitura de Volta Redonda. #ficadica

PL 1096/2011
Art. 1º. Esta lei estabelece normas gerais, no âmbito da legislação concorrente, sobre cultura e modalidades de sua manifestação, observado o disposto na Constituição Federal em seus arts. 23 e seu inciso V, 24 e respectivo inciso IX, bem assim nos seus §§ 1º a 4º, e inciso IX, do art. 30, todos.
Art. 2º. Cultura, para os fins desta lei, abrange manifestações artísticas em geral, realizadas em espaço fechado ou aberto, privado ou público, em veículo aberto ou nas ruas e praças públicas, com ingresso pago, gratuito ou com remuneração espontânea prestada ou paga ao artista a título de doação após ou durante a encenação, incluindo todo e qualquer tipo de: artes cênicas, mediante representação teatral, récita, recital, verbalização, declamação ou cantata de texto, representação por mímica, inclusive as estátuas vivas; artes circenses em geral, abrangendo a arte dos palhaços, mágicos, malabarismo, saltos mortais no chão ou em trapézios; artes marciais; artes plásticas de qualquer natureza, especialmente pintura, escultura, desenho, caricatura; espetáculo ou apresentação de música, erudita ou popular, vocal ou instrumental; dança em qualquer de suas formas de apresentação, em palcos fechados ou abertos, ao ar livre ou nas ruas e praças públicas; lutas de exibição, inclusive capoeira; poesia poetada, jogos poéticos, desafios poéticos, poesia de cordel, improvisação e repentistas.
Parágrafo único. Todas as manifestações artísticas referidas no caput deste artigo podem abranger as atividades praticadas pelos chamados artistas de rua, inclusive as performances instantâneas em sinais públicos, ou em cruzamentos de vias públicas, a quem as autoridades federais, estaduais, distritais e municipais não poderão estabelecer qualquer tipo de cerceamento, restrição de uso, censura à liberdade de expressão e proibição de receber contribuições em dinheiro doadas espontaneamente por quem assim o fizer ou desejar fazê-lo, sendo vedada qualquer espécie de repressão policial das mencionadas esferas de governo.
Art.3º. Independentemente do pagamento espontâneo pelos transeuntes, os artistas de rua poderão ainda ser contratados por empresas que desejarem exibir suas mensagens de propaganda em roupas, dizeres em roupas e cartazes ou falas veiculadas pelos artistas de rua e de espaços fora das ruas.
Art. 4º. Às diferentes formas de manifestação artística elencadas no art. 2º desta lei é assegurada a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter militar, consoante o disposto no art. 5º, inciso XVII, da Constituição Federal, bem como podem ser objeto de criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, observado o disposto no inciso XVIII do referido art. 5º, da Constituição Federal, alem de ser assegurado a todos os artistas de que trata esta lei a possibilidade de reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente, atendido o disposto no art. 5º, inciso XVI da Constituição Federal.
Art. 5º. Nos termos do §2º do art. 24 da Constituição Federal, a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
Art. 6º. A superveniência desta lei sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Art. 7º. A não-observância do disposto nesta lei por qualquer autoridade responsável implica a nulidade do ato em sentido contrário que tenha praticado e sua punição, nos termos da lei, aplicando-se, no que couber, o previsto no §6º do art. 37 da Constituição Federal.
Art. 8º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Charge

No Blog "Inconstantemente" encontramos uma charge sobre a proibição do Kassab aos Artistas de Rua.


Pluralidade Cultural / Artistas de Rua


Um artista de rua (ou saltimbanco) é um artista que se apresenta em locais públicos para divulgar seu trabalho ou levar o entretenimento para todas as pessoas.
Define-se como arte de rua praticamente todo tipo de diversão, como contorcionismos,acrobacias, truques com animais, truques com cartasventriloquismodançasrecitais de poesia, apresentações de música, estátuas vivas, entre outros.
Um músico de rua em Sevilha
                                                                                                                  
Esses artistas não necessariamente, tratam a arte de rua como profissão. Na maioria das vezes, as gratificações que recebem pagam apenas a manutenção de seus instrumentos de trabalho, como saxofones, tintas para o corpo das estátuas vivas, etc. Para retratar a vida dessas pessoas que muitas vezes passam desapercebidas, estão sendo elaborados livros e sites sobre o assunto. 
O blog http://arteurbana2011.blogspot.com/por exemplo, divulga periodicamente crônicas sobre esses artistas.
Apesar de terem sido proibidos de se apresentarem na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab. em julho de 2011, divulgou um decreto que incentiva a realização da arte nas ruas da cidade. Esse decreto está disponível através da internet, no site do Diário Oficial da cidade...e os retóricos discursos prosseguem...por isso o nosso Trabalho foi realizado diretamente com as pessoas que vivem fazendo arte nas ruas da maior capital financeira do país São Paulo e vem enfrentando dificuldades por causa de uma nova "lei" que o Prefeito Gilberto Kassab impôs recentemente impedindo-os de exercer a sua profissão.


Observe o Link:Protesto dos Artistas de Rua contra a Prefeitura de São Paulo 

http://www.youtube.com/watch?v=TJLYVB8BRTk





terça-feira, 22 de maio de 2012

Teorias do Texto - Analise da Conversação


Analise da Conversação


Contexto: Sala de aula, com crianças de 3 a 4 anos, conversa estimulada por uma professora através de perguntas.

Tema central: como foi o final de semana do aluno.

Abertura: Como foi seu final de semana? CA  para DE.

Parte central: relato de ter ido á praia e ao centro comercial.

Fechamento: contentamento com a pergunta inicial.


É uma conversação como sendo uma interação verbal centrada, que se desenvolve durante o tempo em que dois ou mais interlocutores voltam sua atenção visual e cognitiva para uma tarefa comum.


São Paulo – 2012

(Contexto: Professora pergunta aos alunos como foi o final de semana deles, dois respondem e falam suas histórias)

CA. Como foi seu final de semana?

DE. é:: eu/ eu comi pastel com pão de queijo

CA. Hãn pastel com pão de queijo!? Aonde!?

DE. éhé lá na paraia

CA. NA PRAIA! Cê foi pra praia? Quem foi pra praia com você?

DE. hun..hun eu encon...trei u:: Mateus lá na praia

CA. Dim encontrou o Mateus?

MA. Eu fui na praia

CA. Foi?

GA. Deu fui sabe onde que eu fui? ....agora é minha vez

CA. Pode falar

GA. Eu/eu fui na praia... ai: eu fui nada:  e eu fui na minha ()ai:: ... eu::: eu:: fui no shopi compá o têni du ben 10 ai::: eu .. ai ..com..prei hum hum bata/ bata hum batata que era do toy ai::  MA.[[ Você encontrou o Diego?]] eu fui na praia e eu encontrei uma baleia com o Diego com Mateus ... e: com Andé ai:: ... eu/eu EM.[[é sim Isabela, é SIM, é SIM]] o Pepe tava na praia também MA.[[Saiu um monte de polvo né?]] esse Pepe era bonzinho... e ele foi anda de tem comigo...i::: .. Ai: eu fui na/na na minha cama ai:: eu fui lá na minha casa nana

CA. AÉ? Que legal 


Bibliografia

Análise da Conversação –  Luiz A. Marcuschi


Dica sobre contos de Jorge Luis Borges -."O livro de areia"‏


Para ler Jorge Luis Borges é necessário entregar-se aos seus
labirintos, pisar nos seus largos pátios, deixar-se
confundir pelo jogo de espelhos sem pressa, sem
ansiedade. É um autor para ser sempre relido.
Quando li pela primeira vez, fiquei assombrado
com sua maneira única de escrever, sua
imaginação inesgotável e com as inúmeras
referências eruditas. Ler Borges acaba sendo, pelo
menos para mim - e creio para a maioria de seus
leitores -, um exercício de HUMILDADE também.
Você que está lendo isto e já teve dificuldade
com Borges, desejo que dê mais chances. Escolha
um conto curto e leia-o e releia-o 3, 4 vezes. Os
labirintos e pátios guardam uma beleza misteriosa
que, aos poucos, se revelará a você.

A Folha de São Paulo está publicando uma otima coleção sobre literatura que inclui essa e outras maravilhosas obras.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fichamento- Linguagem em uso


Linguagem em uso
José Luiz Fiorin
Temos um conhecimento inato sobre o sistema da língua. Entretanto não é suficiente para entender certos fatos linguísticos utilizados na situação concreta da fala, existem situações que necessitam de um entendimento maior, do ponto de vista dos valores semântico das palavras.
No sistema linguístico, temos oposições fônicas e semânticas e regras combinatórias dos elementos lingüísticos. No entanto, nem as oposições semânticas, nem as regras de combinação conseguem explicar alguns fatos de situações da fala. Observando-se esses fatos, verificou-se que era preciso estudar o uso da linguagem. Esse é o objeto da Pragmática. Assim, a Pragmatica é a ciência do uso lingüístico, estuda as condições que governam a utilização da linguagem, a prática lingüística... A pragmática não confere à língua uma posição central nos estudos linguisticos, não a vê isolada da utilização da linguagem.” (p.166)
Nos estudos da pragmática o filosofo John Austin de que linguagem não tem uma função descritiva mas uma função de agir, ao falar o homem realiza atos e já Paul Grice mostra que a linguagem natural comunica mais do que aquilo que se significa num enunciado, pois, quando se fala, comunica-se também conteúdos implícitos.
A pragmática estuda a relação entre a estrutura da linguagem e seu uso. Pois na escrita comunicamos é possível comunicar-se muito mais do que as palavras significam.
Segundo Moeschler, existem três tipos de fatos linguísticos que exigem a introdução de uma dimensão pragmática nos estudos lingüísticos:
·        Enunciação: A enunciação é o ato de produzir enunciados, que são realizações linguisticas concretas, há certos fatos linguisticos, que só são entendidos em função do ato de enunciar, assim são:
- Os dêiticos (para entende-los é preciso conhecer a situação de uso);
-Enunciados performativos (são os que realizam a ação que eles nomeiam);
-Uso de conectores (muitas vezes conectam os atos enunciativos ou explica-os) ;
-Certas negações (a negação não incide sobre a proposição negada, mas sobre sua possibilidade de afirmação);
-Advérbios de enunciação (os advérbios não modificam o verbo, mas qualificam o próprio ato de dizer);
·        Inferência: Certos enunciados têm a propriedade de implicar outros, implicações que derivam do próprio enunciado e, portanto, não exigem, para que elas sejam feitas, informações retiradas do contexto, da situação de comunicação.
·        Instrução: A Pragmática concebe que as chamadas palavras do discurso, cuja função varia de acordo com o contexto linguístico em que se acham colocadas, significam porque há uma instrução sobre a maneira de interpretá-las.
A Pragmática deve mostrar como fazem se inferências necessárias para chegar ao sentido dos enunciados.
Há duas distinções fundamentais em Pragmática:

Frase é um fato linguístico caracterizado por uma estrutura sintática e uma significação calculada com base na significação das palavras que a compõe, enquanto enunciado é uma frase a que se acrescem as informações retiradas da situação em que é enunciada, em que é produzida. A mesma frase pode estar vinculada a diferentes enunciados.
A significação é o produto das indicações linguísticas dos elementos componentes da frase. O sentido no entanto, é a significação da frase acrescida da indicações contextuais e situacionais.
Existem duas correntes na Pragmática, uma pensa que a Pragmática, por estudar fatos de fala, está radicalmente separada da semântica, outra integra a Pragmática e a semântica, cada uma estudando aspectos diferentes do sentido.
A Pragmática tem início quando Austin começa a desenvolver sua teoria dos atos de fala.
Austin vai mostrar que a Linguística se deixava levar por uma ilusão descritiva, pois é preciso distinguir dois tipos de afrimações; as que são descrições de estados de coisa, a que ele vai chamar constativas e as que não são descrições de estados de coisa.São essas que lhe interessam. Toma, então, certos enunciados na forma afirmativa, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa com as seguintes características a) não descrevem nada e, por conseguinte, não são nem verdadeiros nem falsos;b) correspondem,quando são realizadas, à execução de uma ação. A essas afirmações vai chamar performativas.” (p.170)
Os performativos devem ser enunciados em circunstancias adequadas, para esse sucesso do performativo existem algumas condições que Austin traz:
·         A enunciação de certas palavras em determinadas circunstâncias têm, por convenção, um determinado efeito;
·         A enunciação deve ser corretamente pelos participantes. O uso da fórmula incorreta torna nulo o performativo;
·         A enunciação deve ser realizada integralmente pelos participantes;
Os performativos indicados por verbos só existem na primeira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa na forma afirmativa. Nas outras pessoas nos outros tempos, nos outros modos, não haveria performativos, mas sim constativos. Existem performativos sem que apareçam no enunciado palavras relacionadas ao ato a ser executado e, ao mesmo tempo, podem estar presentes no enunciado palavras correspondentes.
Um enunciado será performativo quando puder transformar-se em outro enunciado que tenha um verbo performativo na primeira pessoa do singular do presente do indicativo da voz ativa que são performativos explícitos. Os performativos que não estão nessa forma são chamados de implícitos.
Para eliminar a ambiguidade dos performativos, temos que levar em conta a situação de enunciação, o modo verbal a entonação etc.
Quando se diz algo se realizam-se três atos: O ato locucionário (ou locucional); o ato ilocucionário( ou ilocucional) e o perlocucionário ( ou perlocucional). O ato locucionário é o que se realiza enunciando uma frase, é o ato lingustico de dizer. O ilocucionário é o que se realiza na linguagem. O perlocucionário é o que se realiza pela linguagem. Há mais um ato o perlocucional que é um efeito eventual dos atos locucional e ilocucional.
Estar marcado na linguagem significa que o ato ilocucionário pode ser explicitado pela fórmula perfomativa correspondente. A existência de marcadores ilocucionais e proposicionais permite explicar fenômenos lingüísticos.
Muitos os atos ilocutórios são expressos indiretamente. São os chamados atos de fala indiretos, os falantes uitilzam os fatos indiretos para minimizar a força de ordem. Os atos da fala indireto produziu toda uma corrente de estudo dos atos de fala denominados interacionista. Para a teoria clássica, os fatos de fala são universais e pensa atos de linguagem de maneira isolada; enquanto para a teoria interacionista, variam de cultura para cultura e os vê como um encadeamento de atos.
Dizer é fazer, isso significa que os atos de linguagem têm um efeito muito grande nas relações interpessoais, o que abriu um novo campo para a Linguistica, o estudo da polidez lingüística.
A polidez lingüística tem por feito diminuir is feitos negativos dos atos ameaçadores da face, adoçá-los. É para isso que recorremos aos atos de fala indiretos, alem dos que minimizam existe a polidez que valoriza os atos da fala. O excesso, a falta, os limites entre o que percebido como valorizador ou ameaçador, tudo isso é cultural.
Muitos estudiosos da Pragmática, ela é governada por um principio de cooperação, que exige que casa enunciado tenha um objetivo ou uma finalidade.
A contribuição de Grice são a noção de implicatura e o estabelecimento do principio geral da comunicação, o da cooperação. Grice distingue dois tipos de implicaturas: as desencadeadas por uma expressão lingusitica, as implicaturas convencionais, e as provocadas por princípios gerais ligados à comunicação, as implicaturas conversacionais. A distinção entre implicaturas convencionais e conversacionais parece bastante clara: aquela é provocada por uma expressão lingüística e esta é suscitada pelo contexto. Existe também a distinção entre implicaturas conversacionais generalizadas e implicaturas conversacionais particulares,uma desencadeada também por elementos linguisticos e outra apenas pelo contexto.
“ A implicatura convencional é provocada apenas por um elemento linguistico, ela não precisa de elementos contextuais para ser feita, enquanto a implicatura conversacional, seja ela generalizada ou particular, apela sempre para as noções de princípio de cooperação e máximas conversacionais... Para Grice, o princípio da cooperação é o princípio geral que rege a comunicação. Por ele, o falante leva em conta sempre, em suas intervenções, o desenrolar da conversa e a direção  que ela toma. Grice formula da seguinte maneira esse princípio: Que sua contribuição à conversação seja, no momento em que ocorre, tal como queira o objetivo ou a direção aceita da torça verbal em que você está engajado. Esse princípio é explicitado por quatro categorias gerais- quantidade das informações dadas, a de sua verdade, a de sua pertinência e a da maneira como são formuladas – que constituem as máximas conversacionais” (p.177)”

As máximas conversacionias não são um corpo de princípios a ser seguido na comunicação, mas uma teoria da interpretação dos enunciados. O texto traz as explicações sobre as máximas, suas explorações e suas violações.
Todas essas máximas procuram mostrar como o falante, na troca verbal, resolve o problema do que deve dizer e do que não deve dizer, conforme a situação de enunciação.
Os conteúdos transmitidos pelos atos de fala podem ser explícitos e implícitos. Estes são as inferências e dividem-se em pressupostos e subentendidos.
Os pressupostos são tidos como verdades criadas pelo enunciador. Estes pressupostos possuem alguns principais marcadores linguísticos como:
- Os adjetivos ou palavras similares;
- Verbos que indicam permanência ou mudança de estado;
- Verbos que revelam um ponto de vista a respeito do que é expresso por seu complemento;
- Certos advérbios;
- As orações adjetivas;
- Certas conjunções;

Os subtendidos são informações veiculadas por um dado enunciado, cuja atualização depende da situação de comunicação.
A diferença entre pressuposto e um subentendido é que o pressuposto pode ser contestado, mas é formulado para não ser, já o subentendido é construído, para o falante, caso seja interpelado, possa, apegando-se ao sentido literal das palavras. Existem dois tipos de subentendidos a insinuação e alusão.
O texto trás no geral alguns assuntos tratados pela pragmática: Os atos de fala, as máximas que regem a conversação, os conteúdos implícitos veiculados pelos atos de fala, entretanto a pragmática tem vários outros assuntos a serem tratados.


Fichamento- Linguagem, Língua, Linguistica



Linguagem, Língua, Linguistica
José Luiz Fiorin

A linguagem faz parte do universo e depende de toda uma visão de mundo, realidade social, histórico e cultural de quem está envolvido nela.
Para a linguagem chegar no conceito e perspectiva de hoje ela passou por um processo histórico onde se transformou através de povos, locais, autores revolucionários, religiões e diversos fatores,  onde aos poucos ela foi se transformando e ganhando lugar, no inicio do século XX, com a investigação sobre a linguagem, feita pelo Ferdinand de Sassure, professor da Universidade de Genebra a lingüística passa a ser reconhecida como estudo cientifico, estudos estes que estão centrados na observação dos fatos de linguagem.
Em seguida a história do estudo da linguagem, o texto aprofunda-se no que seria a própria linguagem. As línguas naturais, notadamente diversas são, manifestações de algo mais geral, a linguagem. Os autores que pressupõem uma teoria geral da linguagem e da análise linguística são Sassure e Chomsky.
Algumas postulações de Sassure são:
·        A linguagem é “heteróclita e multifacetada”, pois abrange vários domínios;
·        A linguagem envolve uma complexidade e uma diversidade de problemas que suscitam a análise de outras ciências;
·        Separa uma parte do todo linguagem, a língua- um objeto unificado e suscetível de classificação. A língua é uma parte essencial da linguagem;
·        A língua é “um sistema de signos”- um conjunto de unidades que se relacionam organizadamente dentro do todo. É a “parte social da linguagem”, exterior ao individuo; não pode ser modificada pelo falante e obedece às leis do contrato social estabelecido pelos membros da comunidade;
·        A fala é um ato individual; resulta combinações feitas pelo sujeito falante utilizando o código da língua;
·        A distinção linguagem/língua/fala situa o objeto da lingüística;
·        Foco de seu trabalho a linguística da língua, “produto social depositado no cérebro de cada um”, sistema supra individual que a sociedade impõe ao falante;
·        Separa a teoria da fala;
·        Teoria da analise linguística denominada – estruturalismo;
No século XX Noam Chomsky trouxe para os estudos linguísticos uma nova perspectiva, onde as transformações, podemos destacar alguns conceitos:
·         A linguagem como um conjunto (finito ou infinito) de sentença;
·         A linguagem é uma capacidade inata específica da espécie, isto é, transmitida geneticamente e própria da espécie humana;
·         Construir uma teoria geral da linguagem, conhecida como gerativismo;
·         Distingui competência de desempenho. Competência linguística é a porção do conhecimento do sistema linguístico do falante que lhe permite produzir o conjunto de sentença de sua língua, é o conjunto de regras que o falante construiu em sua mente pela aplicação de sua capacidade inata para aquisição da linguagem. O desempenho corresponde ao comportamento linguístico, que resulta não somente da competência linguística do falante, mas também de fatores não linguísticos de ordem variada, pressupostos sobre as atitudes do interlecutor. O desempenho pressupõe a competência ao passo que a competência não pressupõe desempenho;
Em seguida temos o questionamento sobre a existência de uma linguagem animal.  Considerando que a articulação da linguagem em significados menores é a propriedade fundamental, na linguagem humana, pois permite produzir uma infinidade de mensagens novas a partir de um número limitado de elementos sonoros distintivos. Em síntese, a comunicação das abelhas que o texto colocou em questão não é uma linguagem, é um código de sinais, como se pode observar pelas suas características.
As linguagens podem ser muitas como: música, dança, artes e muitas outras, é então que é necessário especificar que a Linguística estuda somente a linguagem verbal humana, apesar da importância que todas a linguagens verbais e não verbais compartilham uma característica importante- são sistemas de signos usados para a comunicação.
 A Linguística faz parte da ciência semiótica, pois estuda a principal modalidade dos sistemas sígnicos, as línguas naturais que são a forma de comunicação mais altamente desenvolvida e de maior uso. As línguas naturais situam-se numa posição de destaque entre os sitemas sígnicos porque possuem, entre outras as propriedades de flexibilidade e adaptabilidade.
O linguista procura descobrir como a linguagem funciona por meio do estudo de línguas específicas, considerando a língua um objeto de estudo que dever ser examinado empiricamente, dentro de seus próprios termos. A metodologia da análise linguística focaliza, principalmente, a fala das comunidades e, em segunda instância, a escrita.
A propriedade atribuída pelo linguista ao estudo da língua falada explica-se pela necessidade de corrigir os procedimentos de analise da gramática tradicional.
Existem dois campos de estudos: A lingüística geral e a descritiva. A geral oferece os conceitos e modelos que fundamentarão a análise das línguas, a descritiva fornece os dados que confirmam ou refutam as teorias formadas pela linguística geral.
Os estudos das transformações linguísticas na história são chamadas de diacrônicas. Sassure, trouxe um novo ponto de vista o sincrônico, mas também reconhece a importância da complementaridade das suas abordagens. Em sincronia os fatos linguísticos são observados quanto ao seu funcionamento, num determinado momento. Em diacronia os fatos são analisados quanto às suas transformações, pelas relações que estabelecem com os fatos precederem ou sucederem. A descrição sincrônica analisa as relações existentes entre os fatos linguísticos nun estado de língua, os estudos diacrônicos  são feitos com base na análise de sucessivos estados de língua. O estudo sincrônico sempre precede o diacrônico. Muitos linguistas tomam a separação sincrônica/diacrônica com rigoroso principio metodológico.
A linguisticas vem crescendo e definindo-se com o tempo, ampliando o seu espaço criando-se varias áreas interdisciplinares.
A gramática tradicional assumiu desde sua origem um ponto de vista prescritivo, normativo em relação à língua e isso é ate hoje em alguns lugares, pois ela fornece argumentos para se acreditar que existe uma única maneira correta de se usar a língua.
A conjunção do descritivo e do normativo efetuada pela gramática tradicional opera uma redução do objeto de análise que, de intrinsecamente heterogêneo, assume uma só forma: a do uso considerado correto da língua.
Abordar a língua exclusivamente sob uma perspectiva normativa contribui para gerar uma série de falsos conceitos e até preconceitos, que vêm sendo desmistificados pela linguística.
Todas as línguas até hoje estudadas constituem em um sistema de comunicação estruturado, complexo e altamente desenvolvidos.
A abordagem descritiva assumida pela linguística entende que as variedades não padrão do português. O termo gramatical usado com um valor descritivo: a gramática de uma língua ou de um dialeto é a descrição das regularidades que sustentam a sua estrutura.
Com o objetivo de descrever a língua, a Linguística desenvolveu uma metodologia que visa analisar as frases efetivamente realizadas reunidas em um corpus representativos(conjunto de dados organizados com uma finalidade de investigação).
Com essa postura teórico-metodológica diante da língua decorre o caráter cientifico da lingüística que se fundamenta em dois princípios: o empirismo e a objetividade. A lingüística é empírica porque trabalha com dados verificáveis por meio da observação; é objetiva porque examina a língua de forma independente, livre de preconceitos sociais ou culturais associados a uma visão leiga da linguagem.
A gramática é gerativa, porque de um numero limitado de regras permite gerar um número infinito de sentenças. Reflete o comportamento do locutor que, a partir de uma experiência finita e acidental da língua, pode produzir e compreender um número infinito de frases novas.
Outra gramática proposta de explicação do fato linguistico é apresentada pela gramática funcional, fundamentada nos princípios do funcionalismo que leva em consideração o uso das expressões linguisticas na interação verbal, inclui na análise da estrutura gramatical toda situação comunicativa: o propósito do evento de fala, os participantes e contexto discursivo.
O funcionalismo concorda que acima de tudo a língua é instrumento de interação social usado para estabelecer relações comunicativas entre os usuários.
O fenômeno da linguagem, que não se esgota no estudo das características internas à língua, em termos de propriedades formais do sistema linguísticos, mas se abre para outras abordagens que considerem o contexto, a sociedade, a história.